Entrevista com o nosso Grão-Mestre Adjunto
O Eminente Irmão Renato Garcia compartilhou sua experiência na Maçonaria e perspectivas sobre a OrdemPublicada por Gosp
Publicada em 12/04/2023
Renato, como você se tornou um membro da maçonaria e qual foi a sua motivação inicial para se juntar à organização?
Renato Garcia - Acabei me tornando membro da Loja Maçônica Abolição e Independência, através de um convite do, então Venerável Mestre da Loja, Fernando mendes, que é meu primo, inclusive, e acabei entrando na Loja em 1999, aonde permaneço até hoje e tenho a motivação, desde o início, para participar da Ordem. Por amizades que construí durante esse período todo dentro da loja, irmãos valorosos da cidade de Ribeirão Preto, tenho amizade com eles até hoje, permaneço com esse relacionamento e sempre que posso estou com eles para participar das cerimônias.
Qual é o papel da maçonaria na sua vida e como a organização influenciou a sua jornada de crescimento?
Renato Garcia - A maçonaria me trouxe muito aprendizado. Trazendo para minha família também uma série de situações que vivenciamos nesse período todo que estamos na ordem. E a maçonaria é evolutiva, a maçonaria te dá oportunidade de crescimento, através da educação e cultura, crescimento cultural muito grande dentro da ordem, o que te motiva a buscar, a aumentar o seu conhecimento constantemente, a estudar, a investigar as coisas, a busca da verdade, isso tá dentro da minha família hoje, minhas filhas, meu filho, minha esposa, eles muitas vezes percebem tudo isso que acontece de aprendizado dentro da Ordem.
E quando você atinge um ponto de liderança, seja venerável da loja, ocupar cargos na loja, ocupar cargos regionais e chegar inclusive a cargos estaduais, como eu estou hoje, você acaba aprendendo muito. Eu costumo dizer que eu sou um egoísta, pouco transmito aos Irmãos, mas recebo muitos ensinamentos dos irmãos, de aprendizado, de conhecimento, com esse relacionamento que a gente tem com todas as lojas em todo o estado de São Paulo. Isso é muito bom para nós, e é esse o grande papel da maçonaria, esse relacionamento humano entre nós, maçons, essa possibilidade de crescimento, que nós temos de evoluir como seres humanos. Aqueles que conseguem perceber isso, têm um rendimento muito maior dentro da Ordem. Eu costumo dizer que a gente tem que avaliar o que éramos antes de entrar na Ordem e o que somos hoje. E aí esse delta X vai dizer quanto a gente aproveitou essas oportunidades que tivemos de aprimorar o nosso conhecimento e evoluir como seres humanos.
Quais são seus planos e objetivos como Grão-Mestre adjunto da maçonaria e como você espera contribuir para o desenvolvimento e fortalecimento da organização?
Renato Garcia - O nosso plano como Grão-Mestre Adjunto sempre foi e, sempre será, essa aproximação das nossas lojas com o Grão-Mestrado. E é o que a gente tem feito. Tenho viajado aí 1500-2000 quilômetros por semana, visitando lojas, visitando Irmãos, nos mais distantes pontos do estado de São Paulo. A gente visita as nossas Lojas estando próximos desses Irmãos e, mesmo com a distância, fisicamente, estamos próximos através de um contato por WhatsApp, por celular, por telefone, sempre trazendo o Grande Oriente de São Paulo para perto desses Irmãos Esse é o nosso maior papel. E é isso que eu espero, construir uma Potência muito próxima dos Irmãos, muito fraterna, mais humana, uma Potência em que cada Irmão sinta-se dono dela, é isso que a gente tem que, cada vez mais, trabalhar para o nosso GOSP.
Qual é a mensagem que você gostaria de transmitir aos jovens interessados em se juntar à maçonaria? Quais são as principais lições e benefícios que eles podem esperar ao se tornarem membros da organização?
Renato Garcia - A maçonaria é uma escola de líderes. Eu costumo dizer que somos todos líderes, uns mais, outros menos, mas todos são líderes dentro da maçonaria. E essa possibilidade de crescimento na área educacional, na área de cultura, esse crescimento evolutivo que a gente tem dentro da Ordem é uma coisa fantástica, além do relacionamento que existe entre os Irmãos, familiares e a possibilidade, que eu digo para os jovens, principalmente esses meninos DeMolays, que logo se tornam Sêniors DeMolays e depois entram na nossa ordem, eles chegam com uma vontade muito grande e a nossa principal função é não atrapalhar ou não desanimar esses Irmãos que vieram principalmente de uma ordem DeMolay ou que são jovens e tem aquela vontade, aquela gana de fazer.
E a possibilidade de relacionamento, de ganho em termos intelectuais é fantástica, e isso reverte para a sociedade. Eu sempre digo que, não adianta, nós Maçons, evoluirmos dentro da Loja, intelectualmente, culturalmente, socialmente, temos que levar essa evolução para a sociedade que vivemos. Então é um papel muito importante do Maçom também levar para a sociedade que ele vive, esse conhecimento que ele adquire dentro da Ordem.
E é isso que eu levo para esses meninos novos que estão chegando, para esses jovens que estão crescendo, que a Ordem é perfeita, que nós temos que aproveitar dessa perfeição da Ordem e, é claro, com todas as dificuldades e defeitos que nós temos, porque somos seres humanos e erramos. Que possamos aprender com esses erros juntos e evoluirmos juntos, para o bem da nossa Loja, para o bem dos nossos Irmãos e para o bem da sociedade que vivemos.